Galápagos

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9 de maio de 2011

Cingapura 2 - dicas básicas e algumas estórias interessantes

1.     Melhor localização

Na minha opinião, o melhor lugar para ficar em Cingapura é perto da Orchard Road. Além de ser bem central, com acesso fácil ao metrô (MRT) e ao ônibus do sightseeing, esta área tem vários hotéis legais.

Optei pelo moderno Quincy Hotel, que é um hotel boutique bem novo com um conceito muito legal, pois inclui várias “amenities” na diária, entre elas o mini-bar p.ex., além das ligações locais, lavanderia (2 peças por dia), um pick up de limousine no aeroporto e as refeições (são ótimas e, mesmo que você não aproveite todas, ainda assim a tarifa vale à pena). O quarto é super confortável e tem um i-pod dock, uma coisa que acho muito agradável, porque dá para ficar ouvindo música direto. E o melhor: as músicas do meu i-pod.



Ele fica na Mount Elizabeth, uma rua bem residencial, que faz esquina com a Orchard Road. Outra coisa que eu adorei foi a piscina, uma caixa de vidro com borda infinita e vista para o skyline de Cingapura.


Se eu não tivesse ficado aqui, teria ficado no Marina Bay Sands, cuja piscina é um escândalo de linda, com uma vista impressionante! Eu fui jantar lá com uns amigos meus que moram aqui e amei! O restaurante tem o famoso “lable” Ku De Ta, um lugar super “trendy”, que serve comida asiática.
(Ku De Ta e nossos Singapore Slings)

(a estonteante vista que se tem do restaurante)

(a piscina do Sky Park do Marina Bay Sands)

Muita gente baba pelo Raffles Hotel, um ícone da arquitetura colonial de Cingapura, mas eu estive em um de seus bares e achei legal, mas nada que se compare ao Marina Bay Sands. Aliás, legal é o Billiard, que também serve um brunch. O Long Bar, famoso pelo drink Singapore Sling (tão procurado como o Bellini de Veneza) é um bar meio para americano classe média, não gostei. O drink, por outro lado, é bom, com gosto parecido ao de uma margarita de morango.
(o Raffles Hotel)

Outro hotel que achei bárbaro foi o Furlleton, ao lado do Boat Quay e com vista para o Asia Civilizations Museum.
(o Furlleton é o prédio iluminado à direita)

2.    “Must Do’s”

Dá para dividir Cingapura em algumas áreas para visitação, tendo em vista a existência de bairros étnicos. Os ingleses, de novo eles, essas gracinhas de pessoa, muito liberais no país deles, mas ferozes colonizadores, forçaram os indianos, chineses e árabes a habitar cada qual o seu gueto.

Desta forma, dá para traçar seu roteiro do seguinte modo:

a)    CBD (Central Business District) + Marina Bay Sands, ambos representantes do lado moderno de Cingapura

b)   Orchard Road (área com a maior concentração de shoppings que eu já vi) + prédios coloniais + Jardim Botânico, pela proximidade

c)    Little India

d)   Arab Quarter  

e)   Chinatown

f)    Sentosa Island = uma verdadeira ilha de entretenimento, com uma praia (ok para os padrões daqui) e até uma filial do Universal Studios

Tem também um zoológico, onde eles fazem um safári noturno, mas depois da maravilha natural da África do Sul, seria um absurdo viver uma experiência artificial. Além disto, não freqüento “atração turística” onde haja animal em cativeiro. Detesto prisão. Não respeito isso. Não vou. Vou repetir mais uma vez: não vou. Os animais devem ter os mesmos direitos que nós humanos. Devem ser livres. Foi assim que Deus fez e assim que deve ser. Aquário com show de golfinhos então, nem pensar! Os golfinhos, que eu acho os animais mais lindos do mar, são migratórios, não podem viver aprisionados. Quem, como eu (sortuda!!!), já teve a oportunidade de mergulhar com golfinhos selvagens, sabe o que estou falando. A energia deles é incrível, uma “vibe” incomparável!

Não consigo entender os chineses, que se dizem budistas, mas maltratam tanto os animais (inclusive tiram a pele deles enquanto vivos!). Isso é crueldade e ponto. Em qualquer cultura e religião. Mas, para quem é budista então, não faz o menor sentido, porque o último Buddha (Siddhartha Gautama) vivia em harmonia com a natureza e pregava isso em seus ensinamentos.

Já me contaram que chinês faz isso porque é um povo que foi muito pobre (logo, precisava comer de tudo) e hoje é emergente. Eles têm um recalque danado de terem sido pobres e agora querem mostrar que têm dinheiro. Por isso, consomem a sopa da barbatana de tubarão p.ex. Só porque é caro. E se é caro, eles gostam, não importa o gosto. Não querem nem saber que isso está acabando com os tubarões, que estão no topo da cadeia alimentar marinha e, por conseguinte, desequilibrando todo o ecossistema. E, por falar em crueldade, eles praticam o “finning”, que consiste em cortar a barbatana do tubarão e jogá-lo vivo de volta ao mar. O bichinho agoniza até morrer. Isso porque a barbatana vale muito mais que a carne, logo o pescador não quer ocupar o barco com o peixe inteiro.

E chinês ainda acha que servir a tal sopa dá sorte no casamento. Tomara que amaldiçoe o casal por todo o sempre...

Também ouvi uma outra estória sobre a maneira do chinês presentear: eles deixam a nota junto com o presente pra você saber quanto custou. Isso mesmo que você ouviu. O presente vem com nota. Quanta educação!

Vi muito por aqui chinês com unha grande, nojento, IRC! Sabe por quê? Pra mostrar que não trabalham na lavoura. Eh recalque...

Mas, é bom dizer que os chineses há muito estabelecidos em Cingapura são diferentes, assim como os descendentes que nasceram aqui.

Outro dado interessante: acho que asiático não usa guardanapo. Se você vai num restaurante legal aqui, obviamente tem guardanapo. Mas, se compra algo “to go”, vai num lugar mais casual ou num “Hawker Center” (uma praça de alimentação asiática) e pede um guardanapo, com certeza vai ouvir um sonoro “solly (sic), no tissue”.

Logo, um kit básico de sobrevivência por essas bandas inclui: lenços umedecidos, álcool gel, guardanapo e água termal (pro calor, que é tipo assim o de Manaus, com aquela umidade nada agradável).

Por outro lado, posso dizer que os “singaporeans” (acho que é assim que fala) são muito gentis, simpáticos, sorridentes e falam inglês. De um jeitinho meio engraçado. Se você pergunta: “do you have change?”. Ao invés de “yes” ou “Yes, I have”, vai ouvir somente um “have”. Ou “can I take a picture?”. Resposta: “can”.

Eles também têm muito orgulho da segurança daqui, estão sempre falando isso. E quando você diz que é do Brasil, eles dizem “mafia” e fazem uma mímica de metralhadora. Olha a imagem do nosso país! Essa e mais o futebol e o carnaval. “Voilá!”

Todo motorista de táxi fala isso. Aliás, todos eles são obrigatoriamente residentes permanentes, uma medida de segurança do governo, para poder controlá-los e evitar problemas. Você aprende cada coisa conversando com os taxistas! E não precisa fazer muito esforço, porque eles são meio intrometidos e saem perguntando da sua vida primeiro. Acho que é outra herança chinesa, pois chinês não tem muita noção do privado, acham que tudo é público. Deve ser porque lá tem muita gente, além obviamente da ditadura comunista. A primeira pergunta é sempre da onde você é. Depois, perguntam cadê seu marido. Acho que as mulheres daqui não existem sem os maridos. Se você der corda, vão perguntar até quanto você ganha.

Achei engraçado também me sentir meio animal exótico, porque vários turistas chineses pediram para tirar uma foto minha! Agora entendo como se sentem os índios...

Mas, voltando ao item segurança, aqui é seguro de fato. A lei é rígida, funciona. É também em geral muito limpo, não se vê um papel no chão. É proibido fumar até mesmo na rua, porque a guimba do cigarro suja muito (uma decisão que eu aplaudo de pé). Também não se encontra chiclete para vender com facilidade. Tudo por causa de um episódio em que um chiclete jogado no lugar errado foi capaz de paralisar o metrô. As normas visam ao interesse público, ao interesse da maioria, por isso o país funciona. Eles pensam no coletivo primeiro, depois no indivíduo.

E dá para entender porque é muito rígido: se não for assim não funciona.

Falei que a cidade é em geral muito limpa. E é. Ou quase...

No dia que visitei Chinatown, fui ao Chinese Heritage Center com a minha amiga que mora aqui. O museu é bem legal, vou falar dele depois. Mas, quando visitamos a parte que mostra como eram precárias as condições de vida dos primeiros imigrantes chineses que aqui desembarcaram, tivemos uma surpresa digamos nada agradável. Estávamos filosofando sobre como deve ser complicado para o chinês entender e respeitar a natureza, pois é um povo que vem de uma origem muito sofrida, de condições de vida muito ruins. No meio desse momento literalmente “platônico”, embora tenha certeza que os filósofos gregos não devem ter enfrentado situação semelhante, vimos um RATO! Sim, um rato dentro do museu!!! Por um momento, achei que o rato podia fazer parte da mostra. Afinal, as condições de vida na época eram insalubres. Mas, quando vi ele se mexendo, comecei a gritar e saímos correndo histéricas! Avisamos no “front desk” e os funcionários muito sem graça e com um sorriso amarelo, falaram, advinha, o bom e velho “solly” (sic). Ficamos meio chocadas porque não pareceu que iam tomar uma providência. Mas, como saímos de lá correndo, realmente não vimos o que foi feito.

Conclusão: Chinatown é Chinatown em qualquer lugar, até mesmo na asséptica Cingapura.

Resultado: íamos comer num restaurante chinês e acabamos no McDonald’s.

Por fim, não posso deixar de contar uma historinha emblemática: no dia em que andei na “London Eye” daqui, vi uma família de turistas chineses em frente ao banheiro que fica dentro do complexo da roda gigante (muito moderno e limpo) fazendo o quê? O filho (uma criança de uns 5 anos) fazendo xixi dentro de uma garrafa pet. Hã??? Isso mesmo. Eles podiam ter entrado no banheiro, mas não. Colocaram o menino para fazer xixi na garrafa pet em pleno corredor, na frente de todo mundo. E pra completar, exibindo a sua minhoquinha à visitação pública. WHY?

Ah, me poupe... Essa foi demais pra mim. E sequer ouvi um “solly” (sic)!




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