Galápagos

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5 de maio de 2011

Cingapura 1 - seguindo a rota das especiarias

           Cheguei em Cingapura num vôo da Singapore Airlines, que teoricamente é uma das melhores cias aéreas do mundo. Só que não voei no A-380 que é o avião mais novo, que tem até umas suítes. Então, achei a business do meu vôo bem normal e, para falar a verdade, inferior à South African Airways e à TAP. Eles não distribuem nécessaire como qualquer outra business, apenas uma máscara de dormir e uma pantufa verde muito estranha. No vôo, você já sente como o asiático é meio esquisito para nós ocidentais, pois os chineses ficam desfilando com aquelas pantufas hospitalares como se fosse normal. Pedi uma escova de dente e a aeromoça respondeu: “solly” (sic). É “solly” mesmo, eles não falam o R, impossível ouvir um sorry. Então, é isso: não escovam os dentes, mas usam pantufas estranhas. Vai entender...


         Por outro lado, chegando ao moderno aeroporto de Changi (nome de uma árvore que existia em Cingapura), já dá para notar que se está pisando no 1º mundo. Apesar de ser um pequeno país-estado-cidade, que pode ser cruzado em cerca de 1 hora, Cingapura se transformou no maior “hub” do Sudeste Asiático e um dos maiores do mundo.

         Singapore, como se diz em inglês, significa cidade do leão (singa=leão, pura=cidade), sendo que seu nome antigo era Temasek (cidade marinha), porque Cingapura foi uma vila de pescadores antes do período colonial.

         O país foi colônia britânica (eles de novo e sua mão inglesa, assim como na África do Sul), quando Sir. Stamford Raffles desembarcou por aqui com a Cia das Índias Orientais, que fez de Cingapura porto estratégico na rota das especiarias (lembra do post sobre o Cabo da Boa Esperança?). Em seguida, foi ocupada durante a 2ª Guerra Mundial pelos japoneses e retomada, ao fim da mesma, pelos britânicos. Fez parte da Malásia (com a qual faz fronteira) e se tornou totalmente independente apenas em 1965.

         Mesmo sem dispor de muito espaço ou recursos naturais, esta nação soube se desenvolver, baseando-se na indústria, planejamento urbano com forte influência do feng shui (vou falar especialmente deste tema depois) e educação. Removeu todas as favelas existentes e construiu todo um centro urbano cosmopolita, tornando-se um dos maiores PIB’s per capita do mundo. A lei é rígida, o custo de vida é alto, mas o governo dá um bom retorno para os cidadãos. Como viver aqui é muito caro, tem trabalhador que vem da Malásia todos os dias trabalhar e volta para casa depois, já que é apenas a 1 hora de distância, a exemplo dos garçons do meu hotel. É o que os americanos chamam de "commuters". A Glória Maria esqueceu de falar sobre isso no Globo Repórter (rs).

(vista de Cingapura de dentro da cabine da roda gigante, a London Eye asiática)

         A população é formada por cerca de 5 milhões de habitantes, a maior parte de ascendência chinesa, mas também há indianos, árabes e malaios.

         Num esforço para se tornar uma metrópole internacional que atraia cada vez mais investimentos e turismo, o país fez do inglês uma das suas línguas oficiais e obrigatória nas escolas. Além obviamente do chinês mandarim, malaio e algumas outras línguas. Então, apesar de ser Ásia, é muito fácil viajar por aqui porque todo mundo fala inglês.
         Cingapura de fato realizou o sonho de todos os tigres asiáticos. Quando aprendi sobre eles nas minhas aulas de geografia, não poderia imaginar que viria conferir pessoalmente este desenvolvimento.




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